Naldo Benny diz que não nega as origens e continua a investir no funk

O álbum Multishow ao vivo, gravado no Citibank Hall em São Paulo, é o primeiro a levar o novo nome do artista, e traz também algumas mudanças em relação aos outros trabalhos

Naldo Benny tem mais de 13 anos de carreira e, nesse período, passou por diversas mudanças. A primeira foi em 2008, com a morte do irmão Lula, com quem fazia dupla. Depois, em 2012, após consolidar a carreira solo, resolveu alterar o nome artístico abandonando o termo MC – prática que virou comum entre alguns funkeiros, como Anitta e Valesca Popozuda. “Não nego minhas origens. Acho que pude abrir as portas para muitos artistas do funk, que têm qualidade para manter o gênero”, explica. Ao retirar o MC, decidiu incorporar Benny. “O lance do nome tem a ver com a religião dos meus pais, que são evangélicos. É um nome hebraico que quer dizer justo e abençoado”, conta o artista.

O álbum Multishow ao vivo, gravado no Citibank Hall em São Paulo, é o primeiro a levar o novo nome do artista, e traz também algumas mudanças em relação aos outros trabalhos. “Esse DVD é bem diferente do primeiro (Na veia tour, de 2011), principalmente na questão de investimento e qualidade”, revela. O show teve uma superprodução, com um balé maior, imagens em 3D nos telões e até efeitos especiais que reproduziram uma 'chuva' durante o encerramento da apresentação.

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A outra novidade ficou por conta da incorporação de batidas brasileiras em algumas canções. “Queria mostrar mais da música nacional. Como estou fazendo muitas coisas para fora do país, queria passar uma característica do Brasil com alguns elementos”, completa. A brasilidade está presente no samba-rock Neguinha, por meio dos sons da cuíca e do cavaquinho; em Copacabana, que trata do bairro carioca; no batidão do funk de Vem delícia (Talentinho); e, também na música Maluquinha, que apresenta percussão no arranjo.
No repertório, Naldo apresenta 24 faixas. Destas, pelo menos oito já são conhecidas do público, comoChantilly, Exagerado e Amor de chocolate, as principais responsáveis pelo sucesso do funkeiro, açlém de canções da época em que fazia dupla com o irmão, como Tá surdo. “O repertório também tem muitas músicas novas, como Caipifruta, que está sendo considerada um dos hits do verão, e, quem sabe, do carnaval”, torce o cantor.