Hip hop ganha destaque em Mogi

Foto: Gustavo Rejani  Dois mil e treze foi importante para o crescimento do hip hop na Cidade. Exemplos disso foram a criação da Associação Mogiana de Hip Hop, da Casa do Hip Hop e os diversos eventos culturais ligados ao segmento que aconteceram durante o ano. Além disso, a Secretaria de Cultura dá cada vez mais espaço ao movimento.
Quem afirma isso é Clayton Gomes, mais conhecido como MC Acme, presidente da Associação. Para ele, a inserção do hip hop na sociedade é de extrema importância como ferramenta de inclusão social. “O projeto dos grafiteiros Nando e Galo, de ensinar os jovens do Conjunto Jefferson, é um modelo do que pode ser feito”, diz o MC.
Entretanto, ele ressalta que, para que o projeto dê certo, é preciso também a colaboração dos artistas que compõem os quatro elementos do gênero, que são DJ, Mc (mestre de cerimônias), B-Boy e o grafite. “Todos precisam ter documentos e se organizar, é preciso pensar também na parte burocrática”, destaca Acme.
O B-Boy Jefferson Moreira, chamado de Mr. Jeff, também concorda com as afirmações do MC. Ele completa dizendo que qualquer espaço que o Hip Hop ganhe é importante para que o público conheça cada vez mais o movimento e perca o preconceito e a resistência que às vezes são encontrados.
Ele cita eventos de breakdance que aconteceram no Teatro Vasques e acabaram aproximando o estilo de pessoas que nunca tinham tido algum contato com aquilo. “É legal você ver pais, mães, tios, avós conhecendo a cultura, nós apresentamos uma coisa nova e conhecemos a reação deles, é uma verdadeira troca”, afirma Jeff.
Outro destaque é a mistura que os eventos realizados proporcionam. Além de acontecerem em diferentes pontos e bairros da Cidade, eles acabam chamando atenção também de pessoas de outras cidades. “Mogi tem sido um berço para os MC’s, até os que costumam participar da batalha da Santa Cruz (uma das mais conhecidas da Capital) já vieram batalhar aqui”, conta o B-Boy.
Durante o ano, os artistas da Região tiveram também uma oportunidade de mostrar o seu trabalho em um evento de âmbito nacional. O Arena Mc’s Especial, que aconteceu em abril, na Praça Coronel Almeida, em frente à Catedral de Santana, teve MC Koell como vencedor. Isso levou o morador do bairro de Santa Isabel para disputar uma vaga, na Capital, na final do concurso nacional de Hip Hop, que aconteceu em Belo Horizonte.
As batalhas de MC’s inclusive já têm virado tradição para os mogianos. Agora, elas acontecem todas as sextas-feiras, também na Praça Coronel Almeida. A criação da Casa do Hip Hop é mais uma esperança de que o movimento seja cada vez mais divulgado. Tendo as atividades iniciadas durante a Vira Cultural de 2013, o espaço passa atualmente por uma reforma e deve ser inaugurado oficialmente em abril.
Organização
Atualmente, o Hip Hop tem alguns grupos espalhados pela Cidade. Segundo Acme, hoje, há 4 deles. A Action Family é um desses conjuntos, formado apenas por B-Boys. Na composição estão, além de Mr. Jeff, Renan Moreira, Jurandir Camini, Gilton de Souza e a única integrante feminina, Ellen Atala.
Os grupos são uma maneira de deixar o movimento mais organizado. Alguns deles têm mais de um elemento do estilo.
Dessa maneira, as coisas se tornam mais profissionais, possibilitando maior difusão e crescimento do Hip Hop no Alto Tietê. (Larissa Rodrigues - Especial para O Diário)


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