Turista baiano diz que foi agredido por beijar namorado em público em OlindaFoto: Acervo pessoal
"Nós conseguimos várias ações dentro do Estado, estamos construindo uma dinâmica sobre a questão LGBT. Discutimos essas questões para ter mais respeito, e esses policiais estão indo pela contramão", diz Wellington Medeiros, presidente do movimento.
Segundo Medeiros, a denúncia será feita formalmente por meio do site da Alepe, e o Leões do Norte entrará em contato com outros representantes de Direitos Humanos do Estado. "Recife virou uma capital em que as pessoas têm um comportamento com muita naturalidade. Não cabe a PM ter um comportamento desse, ainda mais no Carnaval, em que as pessoas saem às ruas para se divertirem", lamenta.
"[Este tipo de violência] é reflexo do que tem no País", explica. De acordo com Wellington, a política está sendo tomada por pessoas ligadas à religião evangélica, que na maioria das vezes é intolerante aos gays. "O objetivo é dizer que a homossexualidade é errada", crava.
Medeiros disse que, caso não haja punição para os policiais, haverá violência pública e institucionalizada. "A partir do momento em que parte para a agressão no meio da rua, eles estão dando um recado de que não vão tolerar [o beijo gay]. E se o governo não reagir dizendo que não vai tolerar a violência, vai estourar a violência", conclui.
ENTENDA O CASO - O estudante baiano Magno da Costa Paim, 21 anos, e o namorado, paraense Hector Zapata, 22, trocaram beijos enquanto assistiam uma apresentação cultural na Cidade Alta, quando dois policiais os abordaram e agrediram, segundo o casal. Quando eles tentaram identificar o policial, o efetivo teria entendido como desacato, e os encaminhou à Delegacia do Turista. Eles foram levados à Delegacia de Casa Caiada, e em seguida para a Central de Flagrantes, onde a ocorrência foi registrada.
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