'Esculacho', de Marcelo Reis, mostra como usuários do transporte coletivo sonorizam os veículos com músicas gravadas em celulares. Curta tem exibição neste sábado, em BH
Odiretor Marcelo Reis gastou R$ 400 em passagens para acompanhar o hábito dos usuários do transporte coletivo em viajar ouvindo música
Não importa quem está perto. Se está parado ou em movimento. A música é constante na vida do dançarino Jonathas da Costa. Fone de ouvido? Ah, não precisa. “Para quê? Todo mundo curte. Funk é o melhor que está tendo”, garante, sem se desgrudar do aparelho. O rapaz de 20 anos circula pelo Alto Vera Cruz munido de 400 músicas no celular. Em casa, tem outras 3 mil no computador. Isso para variar de vez em quando. O que não muda é a rotina. Sair com o som desligado, nem pensar.
É essa a realidade registrada pelo documentário 'Esculacho', com estreia marcada para amanhã, na Sala José Tavares de Barros do Sesc Palladium. Com 22 minutos de duração, o filme é um retrato de como a música tem sido consumida por jovens de periferia. Com a popularização de telefones celulares, players e caixinhas de som portáteis , o curta mostra como os aparatos viraram moda na sonorização - muitas vezes forçada - dos itinerários de ônibus coletivos da capital. “Este filme nasceu de um incômodo. Via aquilo e me perguntava: como assim, por que isso?”, conta o diretor Marcelo Reis.
Jonathas da Costa tem 400 funks em seu aparelho: %u201CÉ o melhor que está tendo%u201D
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