Sob os holofotes desde que assumiu a defesa dos ativistas suspeitos
de lançar o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV
Bandeirantes, o advogado Jonas Tadeu Nunes, de 54 anos, afirma que seus
clientes foram aliciados e manipulados por grupos políticos que
financiam a participação de jovens em manifestações. Sem citar partidos,
ele diz que a polícia não deve dar por encerrada a investigação apenas
por conta das prisões de Fábio Raposo e Caio Silva de Souza.
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Estive com quatro jovens que vivem amontoados num cômodo, recebendo
dinheiro para alimentação e passagens de aliciadores. Esses grupos agem
como células e a base nem sabe quem esta por trás da fonte de
financiamento. Jovens com baixa instrução e de famílias pobres, que vão
perder suas liberdades enquanto os verdadeiros culpados, os aliciadores,
vão continuar livres. Esses são os verdadeiros responsáveis por
desgraçar a vida do cinegrafista e desses jovens. Esse aliciamento tem
que parar - disse o advogado, que mais cedo, em entrevista à Globonews
TV, afirmou que eles recebem R$ 150 por cada manifestação para praticar
atos de vandalismo.Jonas acrescenta que Caio não tem dinheiro para comprar máscaras ou mesmo os fogos usados nos protestos. Segundo o advogado, o rapaz levava marmita para o trabalho, andava com o dinheiro da passagem contado e teve que vender o celular para comprar a passagem para ir à casa do avô paterno, no Ceará.
Em entrevista à GloboNews TV, o advogado diz que ônibus iam buscar esses rapazes, e acrescentou que há um esquema de pirâmide e que os pagamentos eram feitos por ativistas.
— Quando esses jovens chegam às manifestações, têm outras pessoas que entregam rojões, máscaras e equipamentos.
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